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22 abril 2008

Quem nunca...?

Quem nunca pensou em cometer um crime?
Ah... Fala sério, quem nunca roubou um docinho, um chocolate dando sopa na geladeira, um beijo, um crime qualquer?
Certamente aquele delito mínimo, o qual ninguém descobriu até hoje, quiçá um beijo escondido, hum, que delícia,ou aquela mentirazinha, aquela mesmo, pequenininha, que até mesmo você acreditou, de tão bem contada que foi.
Agora... Quem já matou, matou? Ah meu Deus, não tem nem comparação, matar? Jamais faria tamanha loucura, insanidade que só acontece com os loucos, insanos, psicopatas, maníacos, etc. e tal. Mas vem cá, quem não tem um pouco de tudo isso dentro de si?
Que atire a primeira pedra aquele que nunca pensou em matar, ou teve no mínimo um desejo enorme? É claro, nunca chegou as vias de fato por causa da sua consciência, somada aos valores, crenças e até mesmo ao medo. Cá entre nós, se você naquela hora de fúria, naquela hora de instinto, o mais básico e perverso de todos eles, a raiva, o ódio, o cólera, tivesse uma arma, qualquer que fosse, assim como certamente deve ter feito, com uma pedra, um objeto, um pequeno impulso e... já era, deu aquele safanão, aquela porrada, aquele empurrão, aquele palavrão que estava preso na garganta por muito tempo, aquele tapa... e depois ? Logo vem o arrependimento... dos justos, dos injustos, quem o saberá dizer? Quem se atreverá a julga-los ? Ainda que se perca uma vida, e a vida dos que ficam, quanto vale? Quem não tentaria esconder com unhas e dentes, sentimentos e culpas, para não ser julgado por aquilo que já se foi ou passou? Quem pode julgar, a vida ou a morte, ou até mesmo aquele que tenta se defender como quem sabe nos defenderíamos?

Por Borges, Wanderson S.
22 de abril de 2008

02 abril 2008