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19 abril 2007

Crônica



Com quem está a chave?

O culpado é quem detém a chave da caixa, Pandora a perdeu quando se apaixonou pelo homem, “mulher é assim mesmo apaixonada logo se distrai”.

É claro que Pandora no ápice da sua maldade, no afã do revide, assim como toda mulher, veja bem, não quero ser mais um machista irrecuperável, mas boa parte delas quando contrariadas viram bicho, serpentes, dragões, que saem cuspindo fogo por toda a parte, destilando o seu veneno à torta e à direita, sem medir conseqüências, mas logo se arrependem e já esquecem, não deve ter sido diferente com ela.

O homem por sua vez, na perversidade do seu caráter, malicioso e machista, claro culpa a pobre pela sua voluptuosa revolta incontrolada, e num ato ainda mais cruel, impõe o fardo de que a mulher sempre estraga tudo; No reino dos deuses gregos, lá no princípio, a mulher se tornava um entrave, um obstáculo, alguém com quem se preocupar, alguém cheio de maldade, de mágoa, tudo de ruim é representado então na imagem da mulher, a saber, de Pandora; Ou não seria nossa própria mente a caixa de Pandora? Quem imagina, discrimina, busca um meio de levar vantagens sobre os outros, e de quem quer ver o outro morto seco, e para tal toma o veneno chamado “mágoa” sonhando em ver o outro ruir.

Por essas e por outras eu concluo que a culpa é daquele com quem está a chave, pois é ele quem abre a caixa ou a boca, ou o seu arsenal de maldades todos os dias, trancando quando convém a língua e a imaginação, assim como fizeram com a pobre jogando o seu nome e a sua história à margem dos deuses, assim como a sua descendência, as mulheres, à margem dos homens!

Wanderson Borges

10 abril 2007

Não é mais um poeminha...

Hoje acordei como quem quer destruir tudo...
derrubar umas coisas... quebrar outras...
é porque tudo aqui dentro tá quebrado...
bagunçado...
a revolta que trago comigo estrapolou...
fugiu ao controle...
neste momento ela me domina... fico calado...
tentando engolir o gosto amargo da raiva...
do cólera...
um veneno mortal que sinto estar dentro de mim...
pronto pra explodir, entrar em ebulição...
emergir assim como alva de um vulcão... há anos... céculos apagado...
calado... fúnebre...
ouço dentro de mim os estrondos... explosões...
a fumaça me sai pela cabeça, pelos olhos, pelas narinas...
o fogo arde... por dentro... por tudo... e consome...
a paciência... a naturesa... os pensamentos... a visão...
a única chance é explodir...
e ajuntar os cscos... ecos de uma implosão infortuna...
dentro de mim...
em tudo!

04 abril 2007

Verdadeiro

Amor para sempre...
sem medida... amor sem conta...
que se dá... esperando algo em troca...
um sorriso, um olhar talvez...
quem me dera o amor...
a entrega sem conta... sem limites...
a lembrança constante do sorriso... do olhar...
a esperança sempre... de não se sabe o quê...
se dizem que amor não tem cura... não tem...
ele nasce cresce... e continua no coração...
lá no fundo... tomando conta... guardado...
como em outro dia... sempre...