oi menina...

um dia frio..
combina com seus olhos...
não pelo cinza do céu...
mas pelo brilhar das gotas...
da chuva que cai lá fora...
que molha os meus desejos... e sonhos...

de um amanhecer talvez...
ou de um dia desses que tal...
o tempo leva no frio...
toda aquela dor que sentia...
um pobre poeta... vazio...
que de paixão... padecia...
pra morrer no mar...
e depois voltar...
nas ondas do mar...
morrer e retornar...
assim como o sol... no entardecer...
morre sozinho sem querer...
e nasce de manha...
pra alumiar...
nos braços e nos olhos...
de quem quer...
amar....

Sol

Assim como o sol...
num calor intenso...
dia apoós dia...
aqui... aculá...
não importa...
quente...
forte e imponente...
ardor dos dias...à pino...
não mais escondido entre a snuvens...
de pensamentos.. de angústias... de medo...
ainda que abatido...
jamais derrotado... apagado...
morro toda a tarde...
sozinho...
no horizonte a encantar os corações...
apaixonados...
cujo fulgor não deixa saudades...
pois renasce ao amanhescer...
e sorri trazendo consigo a alegria de bem viver...

"ânsia"

não sei mais o que quero... nem o que procuro...
quero o fim... o começo... sei lá...
o meio tá me deixando doido... sem saber se volto...
se sigo...
as pernas vacilam... o coração não obedece...
a mente parou...
só restou o gosto amargo...
que me tira o sono...
que me dá nauseas...
que me entorpece...
que me mata...

Desejo

Chega como que arrastando todas as coisas...
dentro da minha mente... num impulso... incontrolável...
e causa turbulência nos meus sonhos... no meu sono...
Indomável...
o instinto a flor da pele... repele a calmaria...
a inserteza já não mete medo... a coragem faz a ocasião...
e vai invadindo o interior... o mais intimo segredo...
passa pelo coração... dilacerando os sentimentos...
de vergonha... de solidão... de medo... de culpa...
vaza pelos poros... como aroma que brota da terra depois da chuva...
e explode en sensações... pelos olhos... emarejados...
boca... que fala... que sente... lábios que querem...
ouvidos... que não mais ouvem... nem escutam... os conselhos da mente...
pelos olhos que se enchem... e vazam... extravazam...
pelas mãos... que digitam... e tocam... e fazem... e acontece!

?...que remédio...?

E chegou...
Sorrateira como tempestade no deserto...
Peçonhenta como serpente...
Sem olhos... cega...
Cortante como faca afiada...
Como espada... de dois gumes...
Corta primeiro por dentro...
Deixa marcas por fora...
ns olhos... cabelos... e na face...
A visão depressiva de um viciado...
O rascunho de um homem...
O abandono...
A escuridão...
O frio que entra pela janela...
Na noite sem sono...
sem cobertor...
Sem colchão...
O relógio conta as horas...
E como um conta-gotas de soro...
vai tentando reanimar o ferido terminal...
febril...
que remédio...?
que remédio...?
se há sono em tudo o que vejo...
e há insônia no que mais procuro...
se há paralisia em tudo o que desejo...
se há censura pro meu beijo...
se há ausência do que almejo...
se é há presença de quem não vejo...
como pode?
saudade... saudade... saudade...
.

palavras e silêncio

Sinto-me preso aos seus encantos...
sem saída, sem descanço...
dias e dias... a fio... sem sono...
no abandono...
e segue assim a vida...
de incertezas...
de dúvidas...
se uma palavra traz alento... outra desencanto...
palavras... e silêncio...
silêncio que também diz... sem a forma das palavras...
e fala bem no fundo... no submundo...
dos sentimentos... das dores... das decisões...
o que fazer ?
Pra que lado ir?
laberinto... são seus olhos...
que cercam... e negam...
permitem... e proíbem...
e negam... negam...negam...

decisões

Tiomar uma decisão é sempre algo muito interessante, todos os dias tomamos decisões que as vezes nem paramos para pensar direito nelas, mas são de vital importancia para o nosso bem estar no nosso dia-a-dia.
Quando acordamos, certamente tomamos a difícil decisão de abrir os olhos, muitas vezes é muito difícil, daí ficamos rolando de um lado para o outro tentando retomar aquele sonho bom, e torcendo para que o tempo pare, pois é mesmo hora de levantar, em seguida tomada a primeira decisão do nosso dia, decidimos tirar ou não o cobertor, depois pensamos um pouco e tomamos a decisão de colocar os pés no chão, então decidimos que primeiramente devemos agradecer a Deus pelo lindo dia, e em seguida olhar no espelho para decidir se dá pra sair sem tomar banho ou não...rs... é assim... Então decidimos com que roupa vamos, tomar café em casa ou no trabalho, dar bom dia com cordialidade para todos, xingar o cachorro do visinho que fêz caca na sua calçada, ou ous gatos que namoraram no capô do carro, e aquela básica, quem já não ouviu dizer: "Segunda -feira eu paro de Fumar"..."Ano que vem vou malhar mais o corpinho"...rs...
Enfim... somos rodeados por decisões... e vc... já decidiu que não valeu a pena ler este texto... eu decidi terminá-lo o quanto antes, pois decidiram me tirar do computador, pois querem usar!

minguando

... preciso de novos pensamentos...
a escacês me assusta, sei lá... o BBB8 está começando... não vou ter tempo para acopanhar, mas os noticiários podem me distrair um pouco, vou ver o sol lá fora, nascendo, o dia que está se formando, todo dia? O teclado não emudece nunca, o monitor reflete a minha imagem pálida...rs... do lado de cá do vídeo, como uma câmara de sucção que rouba a minha alma e escravisa os meus olhos, olho para a direit vejo a mesa cheia de papéis, talvez deva arrumá-la, deixar mais limpinha e organizada, mas dentro está tudo bagunçado, no coração, na mente, aonde ando tenho deixado rastros da desordenância em que anda a minha vida, correndo, correndo... para onde? para quê ? parq quem ?
Do outro lado vejo pessoas trabalhando aflitas, tentando fazer bater o caixa do mês, adiantar trabalhos para sair de férias tranquilo... e eu ? A disqueteira do lado, o MP3 à mão, orkut aberto, blogger também, fico aqui editando imagens, reeditando a vida, passagens, pegadas... ao vento... ao léo...
Enquanto a vida passa la fora eu aqui dentro teclando...teclando... coçando... roendo... minguando... pensando... pensando... pensan... pens... pen... pe... p...

"à colheita"

"Só se atira pedras na árvore que produz frutos"


É assim que acontesse, quando as arvores dão frutos, alguns atiram-lhe pedras, outros arrodeiam, como uma matriarca de braços abertos para os seus filhos, ou como filhos rebeldes enciumados a atirar pedras, mas vem cá... são aqueles que atiram as pedras maiores ou mais importantes do que os outros que se abrigam ao seu redor? Seja com fome, com sede, a procura de abrigo, acolhimento, carinho, o aconchego dos teus braços, o alívio que a sombra do bem estar perto pode propor, sem falar nos pássaros que todos os dias te beijam, e as borboletas, que te acariciam, as abelhas que não vivem sem você, sem o teu mel... e as formigas que se abrigam de você e se preparam para as chuvas...
Como vemos as pedras nem machucam, porque passam entre as folhas, mas aqueles que se abrigam em nós, posam e ali permanessem!

Cálice

... as bordas de um ano novo...
aos goles com o coração...
que embriaga... turva... alivia...
e que anestesia a dura realidade...
de perdas... de ganhos...
embriagado de paixão... de volúpia...
como um menino...
sigo o romper de laços, de vínculos,
na expectativa de novas possibiliades,
chances, oportunidades... de vê-la de novo...
de sentí-la... ah... a emoção...
do primeiro olhar, do primeiro sorriso,
o primeiro toque, a primeira música,
o cheiro da pele, o sabor do beijo...
o primeiro abraço... da primeira vez...
que se vê... que vale a pena...
doce veneno... que embriaga...
todo o dia...
e dá sede!